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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

É SIMPLES...

“Para amar não é preciso complicar
Apenas vivê-lo e saber simplificar
Somente desta forma se conhece
 
O verdadeiro e eterno amor”

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Muito além de uma porta


Se você encontrar uma porta à sua frente, poderá abri-la ou não. Se você abrir a porta, poderá ou não entrar em uma nova sala. Para entrar, você vai ter que vencer a dúvida, o titubeio ou o medo. Se você venceu, você deu um grande passo: nesta sala vive-se. 


Mas também tem um preço: são inúmeras as outras portas que você descobre. O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta.
Os erros podem ser transformados em acertos, quando, com eles, se aprende. A vida não é rigorosa: ela propicia erros e acertos. Não existe a segurança do acerto eterno.

A vida é generosa: a cada sala em que se vive, descobre-se outras tantas portas. A vida enriquece a quem se arrisca a abrir novas portas. Ela privilegia quem descobre seus segredos, e generosamente oferece afortunadas portas.
Mas a vida também pode ser dura e severa: se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela sua frente. É a repetição perante a criação. É a monotonia cromática perante o arco-íris.
É a estagnação da vida. Para a vida, as portas não são obstáculos...
São apenas diferentes passagens.

(Dr. Içami Tiba)



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quase


                           


Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem 
quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A 
resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. 



A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o 
mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance; para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. 


O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Pros erros há 
perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.”

                    

www.rivalcir.com.br
        

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Fugaz...

Que noite linda!
A lua desponta tão bela
Murmúrios de ventos infindos
Invadem a minha janela
Minha alma ao som dos pássaros
Empalidece, entristece...
Meus olhos emudecem
Gotejam triste pranto
E no túrgido horizonte avisto
Entre as nuvens que o céu polvilha
Um clarão que repentinamente brilha
Nesse momento uma imagem fulgura no espaço
Surge um lindo anjo
Com leves passos pelo chão
Com a sutileza de um furacão
E a intensidade de um tufão
Sorrateiramente me seduziu
Despiu-se despudoradamente
Expondo intencionalmente
Sua alma encantadora
Um olhar tão cativante
Um sorriso estonteatente
Fascina, entorpece, alucina, entontece


Mais sereno que o mar
Mais doce que o mel
Mais cândido que o luar
Mais belo que o céu
Seria um anjo?
Uma miragem?
Ou simplesmente tolos devaneios?
Como pode alguém ser tão perfeito?
Envolveu-me em teu corpo sedutor
Despertando as mais íntimas loucuras de amor
Desejos insanos, proibidos
Tórridos sussurros
Lânguidos gemidos
Carícias ardentes
Paixão eloqüente
Feitiço, vício...
Pecado, libido
Mas de repente...apenas chamas
O silêncio no ar
E daquele momento mágico...
Restam apenas lembranças
Loucura? Talvez...
Procura? Insensatez
Ainda espero por outra aparição
Ó destino cruel! Ó infatigável pensamento!
Que tormento!
Que nega um vão contentamento
Contemplar mais um só momento
Um anjo...uma miragem!

Mel Mascarenhas

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Janelas da Vida


                   


Abra a janela do teu coração e
 deixe a alma  arejar!
Sabe aquele cheiro de mofo de sonhos que envelheceu e
você nem se deu conta? Deixe que o vento leve para longe...

 Livre-se também do ranço amargo de toda mágoa e do rancor, faça uma boa limpeza na vidraça do coração, garanto que você enxergará melhor a vida lá fora.



Deixe a luz  inundar tudo, apagar as marcas das decepções, as tristezas das derrotas e da mania de sofrer por sofrer e acima de tudo, permita que o sol derreta o gelo da solidão.

Apaixone-se por um sorriso e sorria junto, ilumine as janelinhas dos olhos... Ame a pessoa que o espelho reflete todas as manhãs. Escancare a janela dos desejos e esbanje sonhos, ninguém sonha em vão, e também não é verdade que os sonhos fogem, as pessoas é que desistem, e eles morrem. Desenhe um horizonte além da tua janela, exagere nas cores e

Faça florescer  todos os campos que sua vista alcança.
Vá além, muito além.... Abra a janela da vida e seja pleno em cada coisa ainda que pareça pequena. Viva com a espontaneidade de uma criança.

Debruce na janela e não olhe a vida passar através dela... Viva!


(Lady Foppa)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

MÁGOAS DO CORAÇÃO


Quanta tristeza e revolta existe dentro de um coração magoado... Alguém que sofre por uma paixão não correspondida, é capaz de fazer as maiores loucuras para se vingar daquele que a desprezou.
Se a tentativa de vingança é justa ou não, não cabe aqui discutir. O que se deve ponderar, é que nenhuma atitude de vingança é racional, principalmente nesses casos de amor não correspondido, pois da mesma maneira que uma pessoa se apaixona por alguém, esse alguém pode não se apaixonar por ela. Em não havendo a reciprocidade de sentimentos, nada há para se fazer.
De nada adianta insistir, implorar, muito menos brigar. Se por um motivo qualquer não se conseguiu conquistar o coração de alguém... a única solução será esquecer esse alguém... procurar varrê-lo da memória, pois quanto mais ficar falando nessa pessoa, mais ela estará presente em sua cabeça, e mais dificilmente será esquecida.

A atitude mais lógica num caso desses, certamente será procurar esquecer quem não quis seu amor, e simplesmente continuar a viver sua vida normal.
Para esquecer uma mágoa de amor, nada melhor do que outro amor... ajuda a esquecer bem depressa. Poder-se-á argumentar que os amores não estão aí, à disposição, para serem colhidos.
Certo, mas se ficarmos apenas curtindo a "dor de cotovelo", e procurando descobrir maneiras para "ferrar" o culpado de nossa tristeza, será mais difícil ainda esquecê-lo.
Então o melhor é sair de vez de sua vida, e que esse alguém siga sua existência em paz.
Quanto mais tentativas fizermos para prejudicá-lo, mais estaremos mostrando o tamanho de nossa mágoa, e mais nossos inimigos estarão "curtindo" nossa infelicidade.
Uma atitude superior é o que se impõe. Estufar o peito, empinar o nariz, e ir em frente. Será muito mais fácil esquecer de tudo, e "curar" o coração magoado.
Um sábio provérbio oriental diz: "Um coração alegre não precisa de remédios".
Essa é a atitude mais sábia... Bola prá frente na vida. Outros amores virão. Se por acaso não vierem, o coração estando alegre, será muito mais fácil conquistarmos o amor que mais nos interessa, que é o amor próprio. Este é o maior amor que devemos ter e cultivar.
Sentimentos de ódio e de rancor só trazem dor e mágoa, e além disso, atrapalham a volta da alegria ao coração, e esta faz muita falta, não tenham a menor dúvida.
Não resta a menor dúvida de que esses sentimentos de vingança acabam por envenenar a alma, impedindo-nos de raciocinar com clareza, pois uma atitude violenta, sempre poderá gerar uma resposta idêntica, transformando o que seria um simples desentendimento, num campo de batalha, nunca trazendo bons resultados para quem quer que seja.
Sabendo acalmar nosso furor, poderemos pensar melhor, chegando facilmente à conclusão de que atitudes atrabiliárias não conduzirão a nada de bom. De que nos servirá ver o "inimigo" destruído? Nossa mágoa não estará curada com isso... pelo contrário, estará sempre presente na nossa idéia, enquanto arquitetamos planos maquiavélicos para derrubar outra pessoa.

Ora, o sol nasceu prá todos. Todos tem o mesmo direito à vida. Vamos deixar que cada qual viva sua vida, e vivamos a nossa numa boa, em paz, sem nos preocuparmos se fulano ou sicrano está bem ou mal . Curtamos nossa existência, vivamos em paz, que logo todas as mágoas serão esquecidas, e logo teremos "alegria no coração", não nos fazendo mais falta o amargo remédio da vingança.
Bem, com essa idéia na cuca e com muita alegria no coração, quero convidar todos os amigos e amigas a um brinde com a melhor das bebidas que existe... uma gostosa "Batida de Amor e Compreensão". Gostosa, e faz um tremendo bem para o coração e o espírito, não tenham a menor dúvida...

Numa noite tenebrosa, um homem foi detido por um indivíduo que, educadamente, lhe diz: Desculpe-me senhor... mas, teria a bondade de ajudar um pobre desgraçado que está com fome e desempregado, sem dinheiro nem outros pertences neste mundo, além deste revólver ?

Marcial Salaverry

domingo, 10 de outubro de 2010

A flor do amor




Quando em teu coração desabrocha, cheia de vida, a flor perfumada do amor, lembra-te que alguém a plantou certo dia, dentro de ti. Quando o teu coração se ilumina do suave colorido do pôr-do-sol, lembra-te que alguém amanheceu contigo.

Quando o fogo da paixão abrasa o teu coração, consumindo todas as tuas fibras, na imolação do prazer, lembra-te que alguém acendeu esta chama. Quando teu coração estiver bordado de sonhos dourados, tecidos com fios de luar, lembra-te que alguém coloriu teu mundo interior.


Quando a noite encontrar-te com o coração partido e angustiado pelas amarguras colhidas durante o dia, lembra-te que alguém possui o lenitivo de que precisas. Quando teu rosto não puder conter a torrente de lágrimas que se afundam pelas dobras do travesseiro, lembra-te que existe alguém te esperando de lenço na mão.

Quando a insônia te revolve desesperadamente na cama, lembra-te que alguém pode semear sonhos de paz em tua mente. Quando a solidão te oprimir e o teu grito não encontrar eco, lembra-te que lá do outro lado alguém ama a tua companhia e entende o teu clamor.

Quando os teus segredos não cabem mais dentro de ti, ameaçando romper os diques de tua alma,
lembra-te que existe alguém disposto a recolhê-los e guardá-los com o carinho e a dignidade que tu esperas.

Quando em teu coração mora o azul do céu, a calidez do sol, o gorjeio dos pássaros, o perfume das flores, a nostalgia do entardecer, o encanto das manhãs, a serenidade dos lagos e o sorriso da ventura, lembra-te que alguém tocou o teu coração com a varinha milagrosa do amor.

Tu, que amas e vives no controvertido mundo do arco-íris e da escuridão, da calma e da agitação, da paz e da instabilidade, saibas que existe mais alguém habitando o teu planeta!

Nas horas felizes, partilha com ele teus sorrisos; Nas horas de solidão, vai, levanta-te e o procura, onde quer que ele esteja. Ele não é senão parte de ti, assim como tu és parte dele. Não olhes o relógio! Que importa as horas?
A vida é tão curta, não há tempo a perder.

Tu que amas, se tiveres a coragem e a singeleza de assim o fazer, abra teus lábios e canta o milagre do amor, porque só o amor aproxima as pessoas e faz com que falem a mesma linguagem!

Autor: (Lauro Trevisan)

sábado, 9 de outubro de 2010

Ternura, Amor e Solidão


      



Se a brisa da manhã tocar o teu rosto e num gracejo fogoso fizer teus cabelos  brincar, saiba que é um carinho meu, que sem querer dizer adeus, pedi ao vento  para te entregar…

Se ao andar pelas matas sentir o cheiro da vida, de folhas secas e molhadas,  perfume de flores, pode ser jasmim ou qualquer coisa assim, é ainda a minha  mensagem que vai com o meu perfume, para você jamais esquecer de mim…

Ao ouvir o barulho de água cristalina, limpa, pura, vai te lembrar minhas loucuras  tentando te conquistar. Uma cachoeira barulhenta vai te lembrar minha risada  quando eu só queria te encantar…

E ao ouvir pássaros cantando, em alguns galhos namorando, recordará algumas  canções que a gente escutava, sentados em qualquer cantinho, deixando a
canção dizer o que havia em nossos corações…



Se uma gota de orvalho atrevida em tua face pingar e mais uma outra, ainda insistente, cair, é apenas uma lágrima que escorregou, é essa imensa saudade a  me consumir…

E, ao cair da tarde, quando tudo for silêncio…olhe para o  horizonte , escuta quando a noite chegar… a mesma estrela vai te dizer que,  mesmo que nunca mais te encontre, eu jamais vou te esquecer…”
Rivalcir Liberato.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

romantico

Filosofia da Vida!


Já fiz voos muito altos,
Sem sequer sair do chão.
E também dei muitos saltos,
Em mais de uma ocasião.

Ninguém nasce maldoso.
Nem ninguém nasce ensinado.
Mas aprendes a ser manhoso,
Depois de seres enganado.

Na filosofia da vida,
Há muito para aprender.
Mas para ser aprendida,
Muito tem de se sofrer.

Nunca há fumo sem fogo.
Tu isso, um dia vais ver.
A vida toda é um jogo.
Que tu tens de aprender.

Só quando muito treinado,
É que o jogo corre bem.
Pois nada é ensinado,
Nos estudos que se tem.

Fartamo-nos de estudar,
Para não aprender nada.
Só nos sabem ensinar,
As letras e a tabuada.

Da vida nada se sabe.
Só se tem a teoria.
Mas a cada um cabe,
Viver o seu dia a dia.

Por muita que seja a teoria,
Que tu tenhas estudado.
Há sempre uma maioria,
Que já a tem praticado.

Sabermos a teoria,
É fácil, pois é só lê-la.
Mas a grande sabedoria,
É saber como vivê-la.

Viver, não custa nada.
Custa é saber viver.
Ás vezes safas-te á justa.
Safaste-te de morrer.

E para não se morrer,
Muitas vezes quanto custa.
O que se faz para viver,
Ás vezes até assusta.

Para viver tudo se faz.
Agora, ou noutra altura.
Mas nada nos satisfaz,
E sentimos amargura.

Só por ti vais aprender,
A saber estar na vida.
E só assim tu vais saber,
O que custa ser vivida.

Teoria, todos temos.
Basta-nos só saber ler.
Mas com aquilo que vivemos,
É que se aprende a viver.


zeninumi


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O Prazer de viver!


Adormecer do sol diário.
Pontilham luzes no horizonte longínquo.
Os sons imperativos do cotidiano dão lugar
aos murmúrios da natureza.
A tensão nervosa das emoções dá lugar
a uma suave sensualidade.
O calor incômodo do transcorrer do dia
dá lugar à brisa fria
que cria mornidão agradável.
O ar mais rarefeito
adentra com maior facilidade
os pulmões, alimentando o coração.
Uma satisfação, a principio oculta,
quer vir à tona, quer desabrochar em vida.
Sentimentos divididos se organizam
num seguro vivenciar sensorial.
Corpo e espirito parecem estar tão próximos...
 Aconchego da alma no casulo corporal.
As sobras do crepúsculo tingem
de um sombrear dourado toda a paisagem.
Abandona-se à individualidade para se perder
numa confortável impessoalidade.
Finge perder-se de si, mas é posseiro
da própria integridade.
Sente afinidade com o universo sem ser
seu dono ou ter sua posse.
Estranha liberdade.
Identifica-se com os sonhadores
que se hospedam nas suas torres de marfim.
Nuvens rarefeitas dão um tom pessoal
à crepuscular pintura celeste.
O coração pulsa forte, parece dominado
por ingênua felicidade, por estar vivo.
O lado impalpável do ser se confraterniza
com sua face tangível.
Santificado suor denuncia a inquietação
das correntes sangüíneas, sente-se saudável.
A epiderme sente o afeto da harmonia do momento,
suaves caricias da natureza.
Os músculos preguiçosos
descansam sobre a estrutura óssea do corpo.
Abandona  toda memória
para viver exclusivamente o presente.
Despoja-se das responsabilidades
e das velhas culpas.
Torna-se leve, identifica-se com a pluma
a planar nas correntes de vento.
Cercado por silêncio particular
parece ouvir sonora voz
a contar-lhe íntimos segredos.
Nunca a intimidade, foi tão integral.
Desapareceram as dúvidas,
torna-se dono de certezas.
Nasce a noite, a principio
apenas espreita no horizonte,
para depois abrir o seu manto.
Tecidos de seda, de eterelidade sensual,
de sedutora transparência.
O prazer é saudável, é reconhecimento de vida.
Desejava tocar com os lábios as faces da noite.
Envolve-se pelo conjunto de tudo,
passa a fazer parte, integrar-se.
Mergulha em si mesmo, para descobrir o todo
que o cerca e está feliz por isto.
Gilberto Brandão Marcon

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Poderoso! Solange Rech


 
 
 
Quando digo que te amo, digo tudo.
Nenhum outro complemento é necessário

e não há margem para adjetivações.

 
Eu, por exemplo, te amo assim.
Por que acrescentar que meu amor

é eterno, pleno, imensurável,

se ele ultrapassa todos esses limites?

 
Jamais direi que te amo tanto,
se te amo tudo.

 
Fica criada na gramática da língua
uma nova categoria de verbos.

Na escola doravante todos aprenderemos

que amar é verbo rechonchudo,

assim definido o de sentido pleno, absoluto,

que, quando usado, deixa no interlocutor

a sensação de que nada mais há por ser dito. 

 
A não ser, talvez,
As observações próprias do espanto

que a revelação venha a causar

nas almas envolvidas.

 
Porque amar é coisa séria,
capaz de mudar nossas vidas
e fazer sangrar sentimentos.
 
 
Solange Rech